E então vai recomeçar o drama. Será a 8a Copa do Mundo que vivenciarei – eu me lembro de alguns lances esparsos de 1978, mas conto mesmo a partir de 1982. Aliás, tendo começado justo com 1982, eu não sei como é que eu não me traumatizei de vez com isso de futebol.
Estreias da Seleção brasileira foram sempre complicadas. O único ano mais ou menos foi 1994, ocasião em que ganhamos da Rússia, sem brilhantismo, mas sem grandes sustos. Hoje vai recomeçar a emoção de torcer e xingar cada um e todos no time. União Soviética, Espanha, Escócia, Turquia, Croácia… os primeiros jogos têm sempre dado uma canseira danada, embora há tempos não tenhamos pego uma bomba tão quanto a Coreia do Norte.
A gente em ouvido muito que “a Seleção do Dunga, bem ou mal, tem ganho”. Eu ainda vou postar aqui um texto sobre o quanto eu gosto do Dunga, e o quanto acho importante a existência de brasileiros assim. Por hora, quero só fazer uma ressalva, sobre como nós avançamos nas últimas competições…
Ganhamos a Copa América em 2007: fato. Mas, se todos recordam bem, jogamos de forma horrorosa até a final (quando Júlio Baptista!!! acabou com o jogo). Nas semis, passamos nos pênaltis contra o Uruguai, e ainda assim porque o dear Doni se adiantou tanto que acho que foi a primeira vez na história do futebol que um goleiro defendeu uma cobrança com um carrinho. Depois, vieram as eliminatórias. Antes do jogo do Chile, em Santiago (2008), a cabeça do Dunga estava a prêmio. Ganhamos lá, crescemos, ganhamos de Uruguao e Argentina for a de casa (mais por ruindade deles do que mérito nosso), e chegamos em primeiro nas eliminatórias. Palmas para o Dunga, mas não foi, assim, um desempenho para se chamar de espetacular. Por fim, Copa das Confederações, 2009: um suor sem fim para bater a África do Sul (de Joel ainda, bedidú), e uma superação enorme para virar contra os EUA na final.
Copa do Mundo é ainda mais difícil. Espero que o time se supere de novo, que os jogadores arrebentem sem se arrebentar, e que sejamos campeões. Só que eu acho que, definitivamente, não será sem sustos…
A comparação com a Seleção de 1994 pára na presença do Dunga… o sistema defensivo é elogiado, e eu mesmo sou fã do Lúcio, mas o fato do Júlio César ser destaque da Seleção não pode significar coisa boa. Taffarel, durante a Copa toda em 1994, deve ter feito duas ou três defesas, só, tirando as dos pênaltis. E o Felipe Mello está longe de ser o jogador excelente que o Dunga foi.
Amiguinhos, muita calma hoje. Acho que tudo se encaminha para uma vitória, mas não creio que devamos esperar uma goleada. Só se o Kleberson estiver inspirado…
0 comentários:
Postar um comentário